segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Bahia deixa oportunidades passarem, diz Geddel no comentário à rádio Metrópole
O contraste entre os resultados positivos obtidos por estados nordestinos como Pernambuco e Ceará na atração de indústrias em comparação com a ausência de novos empreendimentos na Bahia foi o tema de hoje (4/1) do comentário que o ministro Geddel Vieira Lima, da Integração Nacional, transmite toda segunda-feira pela rádio Metrópole, de Salvador.
O ministro faz um panorama histórico para mostrar que a Bahia, nas décadas passadas, se distanciou de outros estados do Nordeste e se transformou na terceira cidade do país por sua capacidade de criar condições para atrair investimentos – e citou como exemplo a instalação do pólo petroquímico. Em seguida, Geddel lamenta o fato de que atualmente o estado “se apequenou”.
“Enquanto no Ceará, Pernambuco e até Minas Gerais - governos que não são do partido do presidente Lula, e até de oposição ao presidente Lula - trabalham, suam a camisa, fazendo seus estados crescerem, na Bahia estamos vendo as oportunidades passarem. O governo estadual dorme em berço esplêndido. Sobrevivendo somente das iniciativas do governo federal”, afirma, para destacar entre essas iniciativas federais a liberação pela Sudene – órgão do Ministério da Integração – de incentivos fiscais para empresas que queiram modernizar-se e ampliar seus empreendimentos na Bahia. “Isso tem gerado muitos empregos”.
Na comparação com a Bahia, o ministro que é pré-candidato a governador toma Pernambuco como referência de sucesso. Diz que o estado vizinho “tem recebido o maior volume de investimentos públicos e privados do Nordeste” e dá como exemplos a refinaria de petróleo de capital venezuelano em parceria com a Petrobrás, o estaleiro de capital brasileiro e japonês, o moinho de trigo da Bunge, a ampliação do pólo têxtil, entre outros.
“São bilhões em investimentos que os baianos perderam para os pernambucanos nos últimos três anos. Nada contra os pernambucanos. Adoro Pernambuco. Mas a nossa Bahia não merece ficar para trás. A Bahia merece e pode ter muito mais”, diz o ministro, apontando mais uma vez a distância entre a propaganda oficial e a realidade.
“O governo do estado vem se especializando em anunciar coisas fantasiosas ou coisas que não têm sequer uma data para iniciar, como a expansão da Ford e da Braskem, que pode levar anos para acontecer. Ou então obras que nunca saem do papel como o pólo naval ou o porto Sul. E a Fórmula Indy? O governador prometeu que ela estaria aqui em março. Essa também já foi embora”.
Geddel Vieira Lima finaliza seu comentário afirmando estar convicto de que foi acertada a decisão de seu partido, o PMDB, de entregar os cargos que ocupava no Governo do Estado, entre eles a secretaria de Indústria e Comércio, para “oferecermos aos baianos um novo debate de idéias”.
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