Complicou, no escurinho do cinema, a chapa de Wagner, que já não estava fácil. Existe uma conspiração - e é fato - para tirar Otto Alencar da jogada e, em seu lugar, entrar João Leão, ficando a vice com Lídice. Na verdade, o que se pretende são dois candidatos considerados de direita, ou seja, Lídice jamais, porque os votos seriam descarregados na esquerda e o candidato de direita iria para o beleléu. Aliás, a essa altura, a vice já é a preferência de Alencar, em razão de seus problemas de saúde. E Lídice? Dizem, no breu das tocas, que César Borges está no arame, na base do balança mas não cai, ou seja, teme ser cristianizado no processo. Traduzindo. Considera que numa chapa com ele e Lídice (Otto na vice), os petistas tenderiam a descarregar votos em Lídice rifando a segunda senatória. Para complementar, os dois, Otto e César, não se bicam desde a época do carlismo. De outro modo, Otto, para entrar na chapa de Wagner, quer fazer Plínio Carneiro Filho conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios, em sua vaga. Coloca até como condição. Os petistas consideram a pretensão dose para leão entregar a ele uma vaga na chapa e mais uma vaga de conselheiro. Já que é dose prá leão, o Leão político articula a segunda vaga do Senado para ele, que teria o apoio de César e o cristanizado passaria a ser Otto ou Lídice, que queria ser senadora, mas aceita ser vice e anda mais calada do que uma estátua de mármore. Evidentemente que há um complô montado em torno de Wagner. Enfim, existe uma rifa política na história que, a princípio, pode ser complicada mas, com um pouco de reflexão, tudo fica fácil de entender. E toca o bonde prá Lapinha.
(Samuel Celestino)
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