sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Governo lança cortina de fumaça para desviar atenção, diz oposição

Depois que os vereadores da oposição vetaram projeto que aumentava a hora do plantão do médico do HMPA, o governo parece orquestrar uma campanha difamatória contra os mesmos, acusando-os de omissão por ter vetado o projeto de lei. Junto a isso, lança factóides na mídia na tentativa de desqualificar a atitude democrática da oposição, chegando ao absurdo de atribuir os problemas da saúde no município aos vereadores contrários.

“O prefeito não respeita a democracia. Enviou um projeto como urgência, sem discutir e que não resolve o problema da saúde no município, apenas beneficia uma classe de profissionais da saúde. Enquanto isso, não toma medidas para regularizar a freqüência dos médicos dos PSFs que já recebem mais de 7mil reais por mês para trabalhar a metade do tempo para que está contratado”, disse o vereador Regivaldo Coriolano em resposta as insinuações do prefeito em recente entrevista a uma emissora de rádio.

Para o vereador Celso Brito, “é de admirar o prefeito vir a público para tentar colocar a população contra nós vereadores, porque discordamos da política de saúde que ele quer implantar no município. Colocaram as pessoas de 5 anos atrás para gerir a saúde, que naquele tempo era algo em torno de 4 milhões ao ano em programas. Quando assumiram em 2009 depararam com conquistas na ordem de mais de 20 milhões ao ano e parecem não saber o que fazer”.

O líder da oposição ainda frisou que a solução para garantir médicos no sistema é nomear os aprovados que só para o HMPA são 30 médicos em diversas especialidades, além de outros 60 que atenderão nos postos de saúde do município e no centro de saúde. “O profissional quer estabilidade e os que fizeram o concurso já aceitaram o salário do edital, e em estando no município vão procurar outros trabalhos e se fixar por aqui. O que eles não querem é vir para o interior e se submeter ao humor do prefeito, do secretário e até do diretor do hospital, e serem demitidos por discordar de suas atitudes políticas, como já aconteceu este ano”, destacou o vereador Celso Brito.

Em suma, os vereadores discordaram do projeto por entender que a proposta, por si só, não resolveria o problema, até porque outros profissionais da saúde, inclusive plantonistas, estão com salários defasados há mais tempo e não seriam beneficiados. A bancada se dispõe a discutir um plano suprapartidário com ações mais positivas e sustentáveis para a saúde do município, mas da forma que o governo tem tratado a Câmara, isso parece difícil de acontecer.

Fonte: Assessoria do Vereador Celso

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