sexta-feira, 20 de novembro de 2009

“Guerra” de pesquisas, anônimas, na Bahia

Ao divulgar, durante almoço com editores de jornais impressos, números de uma pesquisa encomendada pelo PT para consumo interno (já que não teria sido registrada na Justiça Eleitoral), o governador Jaques Wagner abre o flanco para que se deflagre na Bahia uma “guerra” de pesquisas, como já aconteceu em outras ocasiões. O DEM já divulgou números de uma pesquisa (também não registrada na Justiça Eleitoral) que teria sido feita pela direção nacional da legenda, que contrariam frontalmente aqueles apresentados pelo governador.

Os dados apresentados por Wagner mostram ele com 40% das intenções de votos, Paulo Souto com 20% e Geddel Vieira Lima com pouco mais de 10%. Já a pesquisa do DEM, revelada pelo deputado estadual Carlos Gaban, tem Paulo Souto com 44%, Wagner com 34%. Quanto a Geddel, o deputado nem o citou e, assim, não se sabe a quantas anda a força do ministro segundo o DEM. Destaco que não foram revelados, em nenhum dos dois casos, dados elementares como o número de pessoas entrevistadas, as datas de realização das entrevistas e sequer os nomes dos institutos que realizaram as pesquisas.

Sabe-se que o PMDB também tem realizado pesquisas para consumo interno, mas os seus dirigentes ainda não cederam à tentação de divulgar seus números que, segundo fontes do partido, seriam bem diferentes das patrocinadas pelo DEM e pelo PT. Ao comentar os números divulgados pelo governador, o ministro Geddel garantiu que não pretende divulgar suas pesquisas, mas será que ele resistirá até quando?

De qualquer forma, sem querer desmerecer os números de ninguém, aconselho que esperemos as pesquisas feitas por institutos acreditados (não anônimos) e sem encomenda de legendas, para termos uma ideia mais segura do quadro.

por Atarde/política&cidada

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