sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Prossegue impasse entre PT e PP baianos

Após tomar conhecimento de que está longe de uma solução o impasse em torno da existência, ou não, de uma grande chapa proporcional no arraial da base aliada do governo do Estado, procurei conversar com lideranças e militantes do PT e do PP e constatei que realmente o problema promete ainda muita discussão. Os petistas continuam com o sério propósito de ampliar suas bancadas na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa e entendem que fazer uma coligação proporcional com o PP e com o PDT impediria que a meta fosse alcançada.

Do outro lado, o desejo do PP e do PDT é exatamente o mesmo e o problema é que o crescimento passa exatamente pelo chamado “chapão” com o PT. E, pelo que li num site local, a estimativa de uma figura do PP mostra o quanto o PT está certo em sua análise: o cálculo do pepista é que, formado o chapão, que seria composto, ainda, pelo PP, PDT, PCdoB e PSB, o PT elegeria apenas seis deputados, o mesmo número que elegeu em 2006, enquanto o PP teria quatro, o PDT um, o PCdoB três e PSB um.

Ora, a meta petista é de sair com dez parlamentares federais, daí a resistência. É evidente que o PP e o PDT seriam os maiores beneficiados, uma vez que o primeiro ganharia mais uma vaga e o PDT, que perdeu dois federais, garantiria pelo menos um. Com base nestes cálculos é que a corda esticou dos dois lados.

O PP ameaça até romper a aliança e não apoiar Jaques Wagner em 2010, caso não haja a coligação proporcional e tudo indica que o governador será chamado a intervir porque ele corre o risco de ser o grande prejudicado se esta equação não fechar de modo satisfatório.

por Atarde/política&cidada

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